sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sabedoria popular

"Quem anda à chuva molha-se" e "não há fumo sem fogo".

E já se sabia que "quem boa cama fizesse, nela se havia de deitar", que é como quem diz: "o que não tem solução, solucionado está!"

Nem valia a pena dizer que "mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo".

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Amigo

Não há conforto mais pleno que a sinceridade de um amigo para nos recordar de vez em quando quem somos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Às vezes

Agora faz sentido e sou eu quem canta.

"Às vezes
Quando te peço
Essas coisas que enfim
Eu não mereço
Fico a olhar para ti
E agradeço
Ter o que te pedi
Sempre que peço

E olha
Às vezes penso
Penso que tu me queres
Que eu te pertenço
Distraída de mim
Nada mais peço
Tenho do teu amor
Tudo o que eu quero

Aceita este pensar
Desperta tudo o que eu sou
Regresso ao teu amor
Depressa, a certeza chegou

Adoras, Amamos, Demoras, Enganos...

E ainda vou ser feliz
Nos braços do meu amor"

P.S.: Sugiro que ouçam este poema cantado pela Ana Moura.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Segredo


Em todos os aspectos, é capaz de ser este o segredo. "Acreditar", "confiar", "ter fé". Mas não é nos outros nem nos factores externos que não podemos controlar. É em nós.

Dizem que escolher os nossos pensamentos é tão ou mais importante que escolher a roupa que vestimos diariamente. Nunca pensei ser possível limitar/filtrar/regrar aquilo que me vem à cabeça mas a verdade é que este exercício é desafiante e eficaz.

Sugestão: Não se "vistam" bem só ao fim-de semana. Nesta matéria, todos os dias são dias de festa. E, preferencialmente, comprem "roupa" nova todos os dias (e não em saldos - sejam selectivos e inovadores).

P.S.: Não, nunca li "O Segredo".

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A vida e as histórias são demasiado curtas para adiar (nem que seja por um dia) aquilo que desejamos.

domingo, 10 de outubro de 2010

As efémeras certezas

Os repetidos e vãos ciclos pelos quais passamos levam-nos às vezes a questionar se as certezas de agora não virão a ser, no futuro, só mais uma história que passou. Haverá, ainda, histórias como as dos nossos pais? Histórias mais perenes que a vida.

Porque tudo o que eu quero agora é que este não seja só mais "fado" no meu Fado.

sábado, 4 de setembro de 2010

Doença

Quando se gosta d'alguém
Sente-se dentro da gente
Ainda não percebi bem
Ao certo o que é que se sente
Quando alguém gosta d'alguém
É de nós que não gostamos
Perde-se o sono por quem
Perdidos de amor andamos
(...)
Quando se gosta d'alguém
Como eu gosto de quem gosto
O desgosto que se tem
É desgosto que dá gosto
Quando Se Gosta De Alguém, Amália Rodrigues

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu sem ti (e tu sem mim)

Meu corpo
é um barco sem ter porto
tempestade no mar morto
sem ti.

Teu corpo
é apenas um deserto
quando não me encontro perto
de ti.

Teus olhos
são memórias do desejo
são as praias que eu não vejo
em ti.

Meus olhos
são as lágrimas do Tejo
onde eu fico e me revejo
sem ti.

Quem parte de tão perto nunca leva
as saudades da partida
e as amarras de quem sofre.
Quem fica é que se lembra toda a vida
das saudades de quem parte
e dos olhos de quem morre.

Não sei
se o orgulho da tristeza
nos dói mais do que a pobreza
não sei.

Mas sei
que estou para sempre presa
à ternura sem defesa
que eu dei.

Sozinha
numa casa que é só minha
espero o teu corpo que eu tinha
só meu.

Se ouvires
o chorar de uma criança
ou o grito da vingança
sou eu.

Sou eu
de cabelo solto ao vento
com olhar e pensamento
no teu.

Sou eu
na raiz do pensamento
contra ti e contra o tempo
sou eu.

Meu Corpo, José Carlos Ary dos Santos

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O que é a paixão?

É quando julgamos já ter vivido de tudo e somos verdadeiramente surpreendidos. É quando achamos que estamos gastos e nos renascem de novo.

É quando adormecemos a rir e vemos o Sol se pôr a chorar. É quando cerramos cadeados e fazemos promessas de amor.

É quando queremos chorar de saudade se soubermos que a distância não nos muda. É quando provamos a felicidade, esperando que venha a ser sempre o nosso prato principal.

sábado, 12 de junho de 2010

Song for a guy

Y tú que te creías el rey de todo el mundo
Y tú que nunca fuiste capáz de perdonar.
Y cruél y despiadado, de todo te reías
Hoy imploras cariño aunque sea por piedad.

A dónde está tu orgullo, a dónde está el coraje?
Porque hoy que estás vencido mendigas caridad
Ya vés que no es lo mismo amar que ser amado
Hoy que estás acabado que lástima me das.

Maldito corazón, me alegro que ahora sufras
Que llores y te humilles ánte ése gran amor.
La vida es la ruleta en que apostamos todos
Y a tí te había tocado no más la de ganar.
Pero hoy tu buena suerte la espalda te ha volteado
Fallaste corazón, no vuelvas a apostar.

Fallaste Corazon, Cuco Sánchez

domingo, 30 de maio de 2010

P'ra bom entendedor, todas estas palavras bastam

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto

Estrela da Tarde, José Carlos Ary dos Santos

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Os medos e as expectativas

Uma fadinha teve a amabilidade de partilhar este texto comigo e é tão verdade que aqui fica registado:

"Quando alguém entra na nossa vida deparamo-nos com os nossos medos ao quadrado, com outras experiências que naturalmente são diferentes das nossas porque claro que somos indivíduos diferentes, com vivências diferentes, o que é normal, nada mais normal...Também é normal que sejamos confrontados com algumas cicatrizes, as dos outro, das quais nos vamos apercebendo porque somos pessoas de tacto e até às nossas as que existiam e as que nem sabíamos que tinham se revelam, ficam mais sujeitas a abrir e é nestes momentos de conhecimento mútuo, de inicio de qualquer coisa que ainda não sabemos bem o que é, é nestes momentos que realizamos na nossa cabeça o mal que a última aventura/desventura nos deixou, porque o medo que nem sabíamos que tínhamos se revela como uma pesada herança, e a esta não podemos dizer: "Não quero" afinal ela está-nos gravada na pele, na cabeça, no coração, molda-nos os actos, faz-nos dizer as palavras a medo, pensá-las quando há uns tempos atrás a boca atraiçoava-nos, dizia o que o corpo queria e agora...agora a cabeça aplica a censura e perde-se muito, muito...

Mas o ser humano é assim, é um sobrevivente, resistente e poucas vezes inconsciente.

Para além dos medos há as expectativas, as expectativas que o outro tem, que cria em relação a nós...Os sonhos, que são do outro, mas que precisam de nós para ser realizados e aí os nossos medos crescem exponencialmente...porque se é perigoso quando um quer mais perigoso é quando dois querem e o alerta vermelho acende-se ainda mais quando o outro quer mais do que nós...Agora a questão é saber porque o querem, se é porque o querem ou querem porque o medo está a falar mais alto...

O medo, o eterno medo..."

Em http://araparigaquematouocoracao.blogs.sapo.pt/180416.html

domingo, 16 de maio de 2010

O Vendaval

Sabem aquelas músicas que aparecem do nada e que vos parece que foram escritas naquele momento para vocês? Ora aqui vai o que me apareceu esta tarde enquanto tomava banho:

O Vendaval passou, nada mais resta
A nau do meu amor tem novo rumo
Igual a tudo aquilo que não presta
O amor que me prendeu, desfez-se em fumo

Navego agora em mar de calmaria
Ao sabor das marés, em verdes águas
Ao leme o esquecimento, e a alegria
Vai deixando para trás, as minhas mágoas

Para onde vou?
Não sei...
O que farei?
Sei lá...
Só sei que me encontrei
E que eu, sou eu enfim
E sei
Que ninguém mais rirá de mim

Longe no cais, ficou a tua imagem
Mal a distingo já esmaecida
Comigo a alegrar-me a viagem
Vão andorinhas de paz - de nova vida
Sigo tranquilo o rumo de Esperança
Buscando aquela paz apetecida
P'ra ti eu fui um lago de bonança
E tu, um Vendaval, na minha vida.

O Vendaval, Joaquim Pimentel e António da Fonseca Rodrigues

sábado, 15 de maio de 2010

Ballet for Life

Há quem recuse enfiar-se numa caixa com a multidão.
E são esses que, habitualmente, ajudam a multidão a sair da caixa.

Bejart Ballet Lausanne, Ballet for Life

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A viagem

Todas as tristezas e alegrias da vida fariam sentido se conhecêssemos a priori o destino para o qual caminhamos.

(Muito profundo? Talvez, mas cá vai disto...)

Tal como numa peregrinação, em que todos os sacrifícios são compensados pelo momento da chegada, na vida teríamos outra motivação se soubéssemos como é chegar ao fim.

Resta-nos acreditar que caminhamos num bom rumo e, assim, a estrada parece ter menos curvas.
Afinal há coisas (e pessoas) insubstituíveis.

Isto significa apenas que, por muito que as consigamos ultrapassar, há um lugar que nunca será plenamente preenchido sem elas.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Retrato de... tanta gente

"The only way to get rid of a temptation is to yield to it. Resist it, and your soul grows sick with longing for the things it has forbidden to itself, with desire for what its monstrous laws have made monstrous and unlawful."

The Picture of Dorian Gray, Oscar Wilde, 1890

domingo, 11 de abril de 2010

quarta-feira, 31 de março de 2010

Estou... aquém

"Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P’ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão


(...)

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P’ra outro lugar


Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar..."

Estou além, António Variações, 1982

domingo, 21 de março de 2010

Ai funesta Primavera

A Primavera, Monet, 1886
Está para chegar a Primavera. A alegre Primavera que, sendo mais fria que o Verão, é a mais quente das estações.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

vazio

vazio

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Happy New Year

A banda sonora quase épica e o grandioso espectáculo pirotécnico criam o ambiente ideal para que as centenas de pessoas que ali se juntam acreditem que a passagem do último segundo do ano traga todas as mudanças que não foi possível concretizar durante os doze meses que passaram.

Mas, entre sorrisos e lágrimas, o sentimento de renovação até é sincero (pelo menos para mim).

São mais 365 dias de oportunidades, de desafios e de vida que nos são oferecidos.

Aproveitem bem o que aí vem. Se quiseremos, pode ser o melhor ano das nossas vidas.