O que vejo não são sinais de generosidade e de humanidade. O
que vejo é a defesa individual e o egoísmo dos povos a determinar as ações políticas.
Qual é o tamanho do bem-maior? É o bem de um doente, de um
agregado, de uma região, de um país? Ou ainda, o de um governante e de uma
força política?
Sois todos muito altruístas, mas o apoio que vos vejo dar é circunscrito
àquilo que vos é próximo.
Vejo-vos aplaudir a recusa de ajuda àqueles que possam estar
verdadeiramente afetados: “Coitadinhos, mas longe. Ide procurar ajuda noutro
sítio, porque não queremos que isso entre aqui.”
Aplausos para os líderes!
Não vai ficar tudo bem. Porque na melhor das hipóteses vai
ficar tudo igual. E esse igual que vive dentro de cada um de vós, que vive no
seio das comunidades e das regiões, é muito feio. É assustador.
É terrível como o medo vos faz desprezar tudo aquilo que apregoais
ser.
"O Marella Explorer II, com mais de 700 pessoas a bordo, viu negada, pelo Governo dos Açores, a autorização para que pudesse atracar na região. Posteriormente, a operadora indagou também o Executivo de António Costa sobre a possibilidade de rumar a Lisboa, pedido este que também foi negado."